Assisti ao filme "Ônibus 174" ano passado. Ver documentários desse estilo ou qualquer outra coisa do tipo, mostra para uma grande maioria uma realidade desconhecida. Esse negócio do porquê da violência, tem duas causas. Uma é a genética e a outra a do ônibus: a desigualdade. Já me xingaram por dizer isso, pois uma grande maioria acha que o tal vagabundo do filme tinha mesmo é que morrer. Como boa egoísta, tenho prioridades que não as de cunho coletivo, como a grande maioria de nós. São muitos compromissos, festinhas, MSN (tem que ter tempo), cartões de crédito, dívidas originadas de compras fúteis, Orkut, Skype e ainda arranjar tempo pro trabalho e faculdade. Eu tenho vergonha das futilidades da vidinha que eu levo, e que fique claro que sou uma proletária que, além de revoltada, está endividada no nível roxo da coisa (já passou do vermelho há tempos). Eu não tenho noção (ou ando tentando encontrar) de como algumas pessoas sofrem, por culpa nossa... Eu tô parecendo a Madre Teresa, mas não me chame de comunista, odeio esses rótulos. Falando em comunista, eu adotei uma posição muito boa nas últimas eleições. Calma, isso tem a ver com o que tô falando. Ironicamente, as pessoas com quem conversei (e não foram políticos) que possuíam uma posição muito mais esclarecida e engajada do seu papel na sociedade, eram as do partido da estrelinha. Sim, é coerente votar no eleitor, e foi isso que fiz. Eu tenho a esperança que nos demos conta de quem realmente deve agir. Dá pra ver que as minhas idéias são desordenadas, falo de uma coisa e depois outra porque isso realmente me angustia. Se eu começar a me entusiasmar, pode ser que, em um desses meus ataques, eu largue tudo aqui e vá pra África trabalhar de graça... Enquanto isso não nos afeta, beleza. Até alguém levar um tiro na cara. E também, esse é um assunto manjadinho, e é bem cool ficar discursando! Bom, agora vou dormir com meus pezinhos bem tapados e reclamar da vida amanhã.
Hahaha Eu ando reclamando muito, mas mesmo assim tá tudo bem! Eu reclamo e depois me entusiasmo, altos e baixos, tudo de uma vez.