26 dezembro, 2006

mutação

Ontem tava arrumando uns negócios no meu quarto, até que caiu no chão uma chiquinha de cabelo, preta. Para quem não sabe, chiquinha é a denominação infantil para aquele eslástico que nós, mulheres, usamos para fazer rabo-de-cavalo (aquele penteado que prende os cabelos para trás).
Fiz mais algumas coisas e esqueci dela, ali no chão.
Depois retorno, olho pro chão e levo um susto, a chiquinha parecia aquele ser abominável e escroto que se vê durante o verão: uma barata.
Aliviada, resolvo deixar a chiquinha ali mesmo, pra servir de dublê de barata, afinal preciso me livrar do pânico desse inseto petulante.
Durante todo dia foi assim, via o troço no chão, dava um chute pra desestressar, jogando a barata-chiquinha de um lado pro outro. Assim eu tomava um pseudo-susto a cada mirada.
Depois de me revirar muito na cama sem conseguir dormir, algo me chamava pra fora da cama. Vou para sala, internet, musiquinha... noite agradável. Já cansada resolvo dormir e vou ao meu quarto já lembrando dela e sabendo que ia dar de cara com a barata-chiquinha, dar mais uns chutes, etc. Pensei que, de tão acostumada com a barata falsa, eu tava tendo alguma ilusão de ótica, pois tinha duas coisas pretas no chão.
Uma delas não era a barata-chiquinha.
Minha mãe sempre diz que eu chamo as baratas e eu tô começando a acreditar. Como pode isso??

15 dezembro, 2006

dezembro

acho que tá na hora de fazer o balanço